terça-feira, 30 de agosto de 2011

PAI O SENHOR VAI FAZER MUITA FALTA ...SAUDADES ETERNA. ...LUTO. A GUERRA SÓ ACABA, QUANDO O ÚLTIMO DOS MOICANOS CAIR








"Um ícone da torcida atleticana partiu desta para uma melhor. Estou falando de um GRANDE HOMEM MEU VELHO PAI seu CRUZ, mais conhecido como velho CIZINO, ex-funcionario da corrupta prefeitura do sertão mineiro ( moc); e torcedor fanatico do ex time de futebol Cassimiro de Abreu ( onde seu filhão Johnny vulgo (torresmo) reinou como lateral esquerdo, também professor , e mestre de artes marciais de kung fu ), alias tudo nesta cidade acaba, só a maldita corrupção é imortal. O velho Cruz era um homem humilde, parceirão, paizão, profissional e atleticano ferrenho. Nasci em minas, mas fui criada no Rio de Janeiro. Por motivos maiores que o meu desejo, ou por desejo maior que alguns motivos, já morei em Santa Teresa, saude, catete, Barra, Ipanema, Laranjeiras, Gavea, me encontro hoje no bairro de Noel, minha salve... salve... princesinha VILA ISABEL QUE EU AMO DE PAIXÃO . Tenho saudades. Saudades das cidades , bairros, etc.

Saudade principalmente das pessoas, que partiram não estão mais entre nós. Para amenizar a dor da saudade onde mora a nostalgia, que os gregos tão bem denominaram nostos (regresso) e algòs (dor), ou seja, a dor de revisitar simbolicamente um momento ou lugar tenho na medida do possível acompanhado os fatos do cotidiano da cidade maravilhosa. Quisera eu não ter sabido do que aconteceu no bairro de Santa Teresa ( aquilo ali nos anos 80 já era como a torcida do mengão diz: um bonde sem freio, assassino, e sem governo).

Acompanhei o episódio da tragedia já anunciada dos bondinhos assassinos do bairro de Santa Teresa, uma barbaridade, intolerância, violência e violação dos direitos humanos legítimos tão duramente conquistados pela população brasileira, os moradores de Santa Teresa , nunca tiveram um meio de trasporte exemplar ( os busão da antiga são silvestre sempre rodavam sujos, enferrujados, quebrados). Assistindo o noticiario primeiro o susto, o espanto. Depois a indignação . Sinto-me na obrigação e no dever moral de reagir. Mas minhas armas são outras. No lugar dos cassetetes, das balas de borracha e do gás lacrimogênio de pimenta do desgoverno nosso Sergio Cabral vs fanfarrão Eduardo Paes, eu me valho das palavras. Elas ferem mais. A dor da agressão física dói, e dói muito. Mas no corpo passa. Os ferimentos da palavra são eternos.

Comecemos, então, pelo espancamento moral. O filósofo Mário Sérgio Cortella, alerta que “ser humano é ser capaz de dizer não ao que parece não ter alternativa. Apesar dos constrangimentos e da tentativa de seqüestro da nossa subjetividade, pensar não é, de fato, crime e, por isso, claro, não se deve parar”. Não nos calarão ( se o bonde do descaso tomba nos arcos da lapa a desgraça seria de tamanho gigantesco, morreria todos. Aquelas telas não suportou o peso do turista francês, aguentaria o peso de um bonde lotado )? O que pretendem os donos do poder da "cidade maravilhosa"? Uma cidade que vai sediar copa do mundo , olimpiadas, estabelecem a violência do poder simbólico (Bourdieu), e se expressam na punição controladora (Foucault) covarde,e arbitrária contra a população. Assentados sob a falsa aparência da democracia se guiam pelo fascismo de outrora, que bem dito por Roland Barthes, “o fascismo não é impedir-nos de dizer, é obrigar-nos a dizer”. Somos governados por uma ótica Cabralistica fascista vs Fanfarrão Paes fascista 2, escamoteada de "boas intenções" com o intuito de se perpetuarem no poder né Eduardo Paes vs Cabral?

Victor Hugo, em Os miseráveis, afirma que “julgar-se-ia bem mais corretamente um homem por aquilo que ele sonha do que por aquilo que ele pensa”. Sonhemos, pois, gentem. Não o sonho no sentido de devaneio inútil. Mas o sonho que alimenta a esperança de dias melhores, e nos fortalece na luta e no embate a esses politicos corruptos, e pilantras.

Não confundamos, tampouco, esperança com esperar. Só espera quem não tem alternativa. Esperança é não desistir, é ir adiante, perseverar,ir a luta galera; esperançar é juntar com outros para fazer de outro modo. A espera é o apodrecimento da esperança. Quem espera nunca alcança, quem tem esperança luta.

Lembra da nação unida o que fizemos no desgoverno Fernandinho Collor " o caçador de marajá". Esperançamos até conseguimos o impeachment "daquilo roxo". A crença na transformação social que objetiva a justiça e legitima a verdadeira democracia socialista era o motor de cada um de nós, de cada estudante de caras pintadas prontos para a guerra, de cada idosos com sua bengala na mão, de cada dona de casa com a panela na mão. Hoje se os bombeiros vai as ruas fazerem um protesto por melhores salarios. São chamados de vandalos, os medicos de vagabundos, as mulheres brasileiras de prostitutas,e crianças favelados de mentirosos, pelo governador Sergio Cabral. A polícia do desgoverno Cabral, reagiu a um comando, a uma ordem. De quem? Certamente, de quem se nega ao confronto, prática salutar em regime igualitário e temido em um regime totalitário. Na democracia prevalecem as vozes. Na ditadura imperam os silenciamentos ( agora mesmo não se pronuncia sobre as mortes do bonde do descaso público, está curtindo a doidado com nosso $$$ público os risorts lá para as bandas do Estado do Espirito Santo). A polícia Cabralistica silenciou a voz do desejo da mudança. A polícia fanfarrão Paes fez calar o coro dos descontentes, a mando dos “contentes”.

Por que será que o governador tem o temor do diálogo, de peito aberto? O não enfrentamento demonstra insensibilidade e pouca noção do termo política. Aliás, como advertia André Destouches, “os ausentes nunca têm razão”.

Sob o pretexto de “manter a ordem”, buscam o caos. Como diria Edgar Morin, “é a ordem que precisa da desordem”. A linearidade é algo pretendido apenas pelos que querem manter o Status Quo, pelos que querem manter as coisas “como estão”. Mas a vida é, por princípio, não-linear. O conflito é inerente à vida e, como nos alertava Guimarães Rosa, “viver é muito pirigoso”. Mas são justamente os perigos desta vida que dão sentido e graça à nossa existência.

Nas palavras de Caetano Veloso, “é preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte”. Vamos continuar lutando galera, guiados pelo senso da nossa crença. Crença legitimada historicamente, e construída com critérios embasados em verdade e justiça. É nisso que creio, efetivamente. E acredito, é este o ideal de cada um dos brasileiros que se sentiram afrontados, bombeiros, favelados, medicos, professores, policiais, moradores de todos os bairros do Rio de Janeiro, e do nosso Brasil.

Galera, estamos construindo a nossa história. E a história é a construção permanente dos nossos sonhos e ideais. O passado está para ser reescrito; o passado é o “se fazer”, não o que foi. Por isso, os "Ali babás com seus 40 ladroes",que pensam que os brasileiros estão intimidados com tantos desmandos do Pt vs PMDB se equivocaram. Estamos fortalecidos. Que venham outras corrupções. Estaremos lá, sacando nossas vozes e exigindo os nossos direitos, até a queda dos 2 muros de Berlim ( PT VS PMDB). Pois, para Djavan, “o cio vence o cansaço”.

Apesar de tudo, ainda acreditamos no espaço democrático, onde se assentam o diálogo e o respeito à diferença. Pois, como genialmente diz Veríssimo, “pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar”.

No bairro de Santa Teresa, ainda tenho irmãos, primos, amigos. Mas de algumas coisas lá não tenho a menor saudade exemplo:( os bondinhos sem freios assassinos de turistas e moradores ). Nunca vamos nos acostumar com a morte. A dor da separação realmente é indescritível. Só de pensar que não teremos contato, não conversaremos, não vamos encontrar mais a pessoa querida, é doloroso e angustiante.

Encerro este texto dizendo que é com tristeza e emoção que estou tentando aceitar a morte do meu velho Cruz, mas está doendo muito, dor da perda do meu amigo Geninho, Pereira, Maninho, Nardel, Silvana, e agora recente o velho CRUZ. Nós, seres humanos, não fomos criados para morrer, é difícil aceitar a perda de um ente querido. Já observaram que todos os dias morre alguém e nós nunca nos acostumamos? É por isso que procuro viver cada dia como se fosse o último em minha caminhada nesta terra.Tenho procurado valorizar as pessoas com quem eu tenho contato em vida. Sabem por quê? Porque é em vida que temos que destacar as virtudes das pessoas com quem lidamos diariamente. As pessoas que citei acima escreveram a história de suas vidas nas páginas das suas respectivas existências.

E você e eu, caro amigo (a), o que temos escrito no livro da nossa vida? Se eu e você morrêssemos agora, o que as pessoas diriam ao meu e ao seu respeito? O que de bom deixaríamos para as pessoas que nos cercam? Estas são perguntas que devemos responder de maneira bem subjetiva e racional, lembrando que cada dia da nossa vida é uma oportunidade que temos de mudar, e para melhor. Pense nisso governantes do Brasil ,Sergio Cabral, tia Dilma, Eduardo Paes, deputados, senadores, vereadores, Alexandre Felipe. "Os grandes homens são reconhecidos pela maneira pela qual tratam os pequenos."

Nenhum comentário: